terça-feira, 26 de abril de 2011

Literatura cap 3 Classicismo parte 2

 Características da poesia camoniana
• O amor: idealismo platônico
   Em seus poemas herda um posicionamento que a concepção de amor provençal e humanista possuíam sobre a mulher: "não como uma companheira humana, mas como um ser angélico", e em seus sonetos, especialmente, a amada é deificada.
  Podemos ver sensualidade, amor carnal, eroticidade, na passagem em que as ninfas cuidam dos marinheiros portugueses quando estes chegam.
• O desconcerto do mundo
  Há sempre nos versos camonianos um desacerto, um quebranto, uma tristeza, um desajuste entre as exigências de seu interior e os obstáculos que o mundo oferece no caminho. Queixas sobre as injustiças que sofre, a pobreza, a miséria física e moral, como nos poemas amorosos em que a amada é inatingível.
• A mímesis
  Camões procurou imitar modelos de comportamento clássico greco-romano que transpunham para suas obras a natureza. Não se trata de retratar a natureza minuciosamente, mas trazê-la para a obra de maneira idealizada.
• A imitação dos clássicos
  A redescoberta da produção dos gregos e latinos produziu no Classicismo uma tendência para a imitação de alguns modelos. Mas, para se imitar o clássico antigo, era preciso ter "engenho", ou seja, a capacidade pessoal de elaboração, e a "arte", domínio da técnica, da estética, para desenvolver o poema.
• O bem, o belo e a verdade
  A ordem, como equilíbrio, harmonia e ventura, implica os modelos de beleza eterna. O uso do racionalismo, a busca do equilíbrio e da razão, não quer dizer que os renascentistas não pudessem reproduzir os desequilíbrios e as tensões da vida, mas trazer para a arte o modelo da perfeição, da moral, que servissem como reflexão.
• O tema religioso
  Usava os temas ligados à Bíblia como fonte inspiradora.
• O uso da mitologia
  É frequente o uso de personagens mitológicos, onde são encontrados deuses greco-latinos, ninfas e deusas, deuses.
• O uso do hipérbato
  O hipérbato é figura  de construção que se  realiza sob a égide da inversão violenta de termos sintáticos. Toda a construção clássica é feita assim.

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