segunda-feira, 11 de abril de 2011

História frente 1 cap 1 - As origens da presença europeia no Brasil

• A baixa Idade Média é caracterizada pela crise do feudalismo e desenvolvimento do capitalismo.
• Feudalismo
  ○ predominância de uma economia agrária, voltada fundamentalmente para a subsistência, a qual buscava a autosuficiência de unidades produtivas designadas comumente por feudos.
• Essa estrutura começa a sofrer transformação a partir de meados da Idade Média, com o esgotamento das terras produtivas e com a própria ampliação da população.
• As Cruzadas, expansões políticas européias, já evidenciavam o esgotamento das terras e das estruturas produtivas feudais, o que intensificou as práticas comerciais.
• O efeitos das Cruzadas, o processo de crise feudal e, consequentemente, a fuga de servos e a escassez de alimentos, contribuíram para o revigoramento do comércio europeu, dando origem a um processo que é conhecido como Renascimento comercial e urbano.
• Com o revigoramento  do comércio, surgiram as rotas comerciais e as feiras, dando origem a novas cidades ou revigorando a vida de núcleos urbanos já existentes, dando origem a burguesia.
• Mediterrâneo firmava-se como o grande eixo de comércio entre a Europa e Oriente, monopolizandoo comércio de especiarias.
• A nobreza enfraquecida passa a necessitar de um poder forte para garantir suas terras e seu poder, contendo a ascensão da burguesia e  as revoltas populares. Assim, ela abre mão de sua autonomia em favor de um estado capaz de lhe garantir tudo isso.
• O comércio, atividade que escapava ao domínio da nobreza, possibilita ao rei estabelecer diretemente impostos que ampliavam sua arrecadação, o que permitiu a criação de um exército e de uma administração diretamente centralizada em suas mãos.
• Expansão marítima.
• As populações cristãs tenderam a se concentrar no norte da Península Ibérica, região conhecida como Astúrias, e mais tarde Reino de Leão.
 Um nobre de origem francesa, chamado Henrique de Borgonha, recebeu das mãos do rei de Leão, Afonso IV, o comando das terras situadas na costa Atlântica da península, bem como a mão da filha do rei, d. Teresa, em recompensa aos serviços prestados na luta contra os mouros. São essas terras que formam o Condado Portucalense, origem do Reino de Portugal.
• A luta fez com que a monarquia apoiasse a libertação de servos, para que engajassem no Exército e para que ocupassem as regiões tomadas pelos árabes.
 A necessidade constante de recursos para custear a guerra, levou os reis da dinastia de Borgonha a terem sempre os olhos voltados para a atividade mercantil que lentamente se desenvolvia na costa, bem como para a produção agrícola e a pesca.
 Temos em Portugal uma monarquia centralizada politicamente, e com forte controle sobre a economia.
• A Revolução de Avis, significou, na prática, a aproximação entre a Monarquia portuguesa e o grupo mercantil, o qual passa a ter direta participação nos interesses do |Estado, o que permite direcioná-los para o desenvolvimento das práticas maercantis que, cada vez mais, tornavam-se indissociáveis da navegação.
• O comércio canalizava grande parte do ouro existente na Europa para o Oriente, gerando escassez de moedas e alta dos preços na Europa.
• Ampliava-se a necessidade da obtenção de novas fontes de metais preciosos e de riquezas em geral, bem como a de uma rota para as Índias que passasse pelo Mediterrâneo. São as principais motivações para as grandes navegações.
• A precoce centralização política, a localização e configuração geográfica de Portugal, por ser um país essencialmente litorâneo, já ter na navegação um importante meio de vida, e os estímulos dados pelo Estado aos empreendimentos náuticos, que permitiram o desenvolvimento intenso de novas técnicas de navegação, que convém lembrar do papel desempenhado pela Escola de Sagres, um centro de estudos e de desenvolvimento de técnicas navais, contribuíram para isso.
• Mesmo a paz interna e a unidade política não garantiam à Espanha a possibilidade de se aventurar em busca de uma rota para as Índias. A razão para isso encontra-se na assinatura entre os reinos de Portugal e Espanha do Tratado de Toledo.
• A descoberta de novas terras feita por Colombo tornava o antigo Tratado de Toledo letra morta. Assinando assim um novo tratado, o Tratado de Tordesilhas.
• Após a posse das novas terras em nome de Portugal e de um rápido reconhecimento de suas potencialidades econômicas, Cabral enviou uma única caravela a Portugal, para dar ao rei a notícia da posse, e rumou para as Índias, cumprindo seu objetivo inicial e declarado.
• A Inglaterra concentrou sua iniciativa no incentivo à atividade de corsários e voltou à consolidação de seu domínio sobre a costa sudeste da América do Norte, dando origem aos EUA.
• Ao mesmo tempo em que Portugal estabelece toda uma série de ações em relação ao Oriente, as iniciativas em relação ao Brasil limitam-se a algumas expedições de reconhecimento e guarda-costas e à exploração do pau-brasil, única riqueza explorável de imediato, sem custos para a Coroa, utilizando a mão-de-obra indígena livre.
• Se concentra unicamente na exploração, sem implatação de novos recursos e sem qualquer caráter colonizador efetivo, não gerando, portanto, povoamento do território ou quaisquer iniciativas administrativas mais sérias por parte dos portugueses.
• Ataques árabes tornavam o custo da manutenção do Império colonial nas Índias extremamentealto e elevaram o preço das especiarias.
• O estabelecimento das atividades produtivas em várias regiões, o que tornava os produtos
 orientais não mais tão atraentes ao mercado europeu.
• À necessidade de defender e assegurar a posse do território, somava-se a necessidade portuguesa de obter uma fonte de lucros que substituísse o decadente comércio oriental, decidindo iniciar a colonização efetiva do território brasileiro.

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